segunda-feira, 28 de junho de 2010

Carta a um estranho

não entrego o meu tesouro a todos, a qualquer um;

ele me pertence e dele faço o que quero.
antes, vão as opiniões, os comentários bestas,
as demonstrações de algum sentimento surgem
seja qual for o sentimento...
não o faço por ser tímida, mas gosto de saber com quem estou lidando
pois não são todos que merecem o melhor de mim
e não me chame de egoísta ou arrogante
não, não,
pode ser uma forma de defesa que tenho contra você, que não conheço
ou pode até ser o modo que encontrei para manter você perto por mais tempo, interessado em mim.
talvez não a melhor maneira, mas a melhor que eu encontrei.
isso eu não sei responder direito. ninguém saberia.
sou assim, e o que mais importa?

quero, antes, sentir você
e também preferiria, se eu pudesse escolher, que você não se entregasse a mim sem antes me conhecer
mas conhecer, eu falo, de verdade
felizmente, não posso escolher.
você não teria a sua graça se eu decidisse como eu queria que você se comportasse
e eu quero você com a sua graça!
e engulo-o assim, como você é.

mas lembro-me que ainda nem te conheço...

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